quarta-feira, 6 de março de 2013

R.I.P. Chorão




Hoje infelizmente perdemos um artista, poeta e cantor muito importante. Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Chorão, tinha esse apelido porque quando era adolescente não sabia andar de skate e seus amigos brincavam falando pra ele parar de chorar. O garoto largou a escola na sétima série e em 1992 fundou a banda na cidade de Santos. Ele não era só artista. Muitas vezes foi um amigo. Não um amigo convencional, que a gente se encontra e conversa pessoalmente. Ele vinha em suas letras. Quantas vezes suas canções não nos confortou, principalmente na adolescência? Quantos jovens não se inspiraram na Vida de Magnata?
                Na minha época, era muito comum dizer que ouvia Charlie Brown e se achar roqueiro hardcore. Foram muitas as vezes que colocava versos de suas músicas no status do MSN e me achava o máximo.
                Charlie Brown Jr foi uma espécie de Legião Urbana pra gente, Geração Internet.  CBjr é uma das poucas bandas atuais que merecem respeito. Eles falam de amor, de forma que o homem não perde sua masculinidade. Criticam a sociedade. Criticam o governo. Não usam franjas e roupas coloridas. Não fazem propagandas toscas. É uma perda de personalidade. Uma perda pra sociedade. Uma perda pro Brasil.
                Foda-se se ele morreu por causa de drogas, se foi homicídio ou se foi doença. Hoje, tudo o que importa é que todos nós, nascidos ou não na década de 90, estamos de luto. E não é preciso ser necessariamente um fã da banda para sentir falta de um artista que influenciou um estilo musical, embalou rolês de skate, uniu casais, criticou políticos, falou verdades e se destacou no cenário musical brasileiro e internacional. Sentiremos falta do seu talento e da sensação de liberdade que sua imagem passava.
Chorão, descanse em paz!
1970-2013

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