Hoje infelizmente perdemos um artista, poeta e cantor muito
importante. Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Chorão, tinha
esse apelido porque quando era adolescente não sabia andar de skate e seus
amigos brincavam falando pra ele parar de chorar. O garoto largou a escola na
sétima série e em 1992 fundou a banda na cidade de Santos. Ele não era só
artista. Muitas vezes foi um amigo. Não um amigo convencional, que a gente se
encontra e conversa pessoalmente. Ele vinha em suas letras. Quantas vezes suas
canções não nos confortou, principalmente na adolescência? Quantos jovens não
se inspiraram na Vida de Magnata?
Na
minha época, era muito comum dizer que ouvia Charlie Brown e se achar roqueiro
hardcore. Foram muitas as vezes que colocava versos de suas músicas no status
do MSN e me achava o máximo.
Charlie
Brown Jr foi uma espécie de Legião Urbana pra gente, Geração Internet. CBjr é uma das poucas bandas atuais que
merecem respeito. Eles falam de amor, de forma que o homem não perde sua
masculinidade. Criticam a sociedade. Criticam o governo. Não usam franjas e
roupas coloridas. Não fazem propagandas toscas. É uma perda de personalidade.
Uma perda pra sociedade. Uma perda pro Brasil.
Foda-se
se ele morreu por causa de drogas, se foi homicídio ou se foi doença. Hoje,
tudo o que importa é que todos nós, nascidos ou não na década de 90, estamos de
luto. E não é preciso ser necessariamente um fã da banda para sentir falta de
um artista que influenciou um estilo musical, embalou rolês de skate, uniu
casais, criticou políticos, falou verdades e se destacou no cenário musical
brasileiro e internacional. Sentiremos falta do seu talento e da sensação de
liberdade que sua imagem passava.
Chorão, descanse em paz!
1970-2013
1970-2013
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