sexta-feira, 22 de março de 2013

Ponto de Vista

É normal a gente encontrar pessoas pessimistas e otimistas na vida. Eu não sei se
realmente exista alguém realmente 100% um ou 100% outro. Quero ver se otimista quando você pega uma chuva indo pra uma entrevista. Ou conseguir ser pessimista ao ganhar 1 milhão de reais. Eu
tenho uma certa habilidade em ver o lado bom das coisas. É coisa minha. Sempre fui assim. A
história a seguir tem dois lados. Um lado totalmente pessimista e o outro otimista. Tudo é uma
questão de ponto de vista – por isso que advogado é profissão do diabo. Eis a história:

Maria acordou super atrasada, não conseguiu tomar café para ir pro trabalho. Teve
que ir pra parada correndo, literalmente, pra não perder a condução, pois seu carro estava
sem gasolina. Pegou um ônibus super lotado, e quando conseguiu um lugar pra sentar, uma
senhora passou sua frente e sentou. Quando chegou ao serviço, seu chefe passou todos
os trabalhos que estavam pendentes para que a mesma o fizesse e seu colega de trabalho
não havia absolutamente nada pra fazer. Ficou extremamente sobrecarregada. Almoçou
rapidinho. Na hora de ir embora, a mesma coisa: condução cheia mas, pelo menos, conseguiu
ir sentada.Uma senhora ao seu lado começou a puxar assunto, mas Maria estava cansada
demais pra conversar e fingiu dormir. Quando chegou na faculdade, o professor passou um
trabalho pra próxima semana, em grupo, e ela já sabia que ia sobrar pra ela fazer sozinha. E quando finalmente chegou em casa, capotou na cama de tão cansada que estava.


Acredito que todos os que leram a história ficaram cansado por ela. Mas nessa
história tem muitas coisas boas. Vamos lá: ao correr atrás de uma condução, Maria fez um
exercício físico que havia semanas que não tinha tempo pra fazer, mesmo que por 3 minutos.
Ao chegar no serviço e seu chefe passou aquele tanto de serviço, é porque ele não confia em
seu colega de trabalho mala e estava já negociando com a direção sobre uma possível
promoção. Ao ir embora, Maria é solteira, não prestou atenção na conversa da senhora e a
mesma estava tentando fazer com que Maria se interessasse por seu filho, que era empresário
e que estava atrás de uma namorada.

Pode ser tudo ilusão, coisa da minha cabeça. Ou simplesmente uma história. Mas o
que a gente esquece quase todos os dias são as entrelinhas da vida. Sim, esses momentos que
passam despercebidos, quase jogados na nossa cara, mas estamos tão fissurados em reclamar
que acabamos vendo só o lado negativo.


Por Luiz Herculano

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