quarta-feira, 10 de abril de 2013

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Leia o post curtindo esse som doidera!


Galera infelizmente não deu pra fazer a entrevista por motivos maiores. Mas é claro que esse motivo não poderia deixar de dar uma boa história! Vou lhes contar:
Rebeka, Luiz e Paulin (primo do Luiz) são pessoas desprovidas de grana.Sendo assim, o nosso salário só não basta para nossos grandes sonhos e idealizações, então pensamos em arrecadar um extra  fazendo uns corres por fora, e, qual foi a ideia?! Vender cerveja no show do Racionais e do Jammil. Daí vocês podem ter uma idéia de como foi.
Sábado foi corrido pra comprar as coisas. Até então tava tudo certo. Animação lá em cima e quando nos encontramos, já estávamos contando com o dinheiro do lucro, imaginando jogar dinheiro pra cima e coisa e tal, mas a vida é mais cruel do que queremos.
Quando chegamos no show do Racionais, tava tudo uma maravilha. Chegamos 19:30 e o show ia começar só às 22:00. Se eu falar o frio que estava lá, ninguem acredita.Luiz e Paulin congelando e eu mesmo de jaqueta passei um friozinho leve. Meu perguntei: "G-zuis, como essas meninas de shortinho, barriga de fora, costas de fora, peitos de fora, não estão tendo uma hipotermia?!"
Aí começou a chegar os manos -todos do mesmo naipe: bigodinho ralo, berma da Ciclone, camiseta enooooorme e tênis- tenso. Mas o negócio não podia parar, já tinha rolado o investimento, e começamos a oferecer as cervas. Luiz parece que só oferecia para os mais loucos e o primeiro que parou pra comprar alguma coisa foi nada mais nada menos que um MUDO CAOLHO. E o cara não parava de conversar. Ele gesticulava e soltava um barulho fanho da boca muito engraçado e nós precisams de um curso pra entender o que ele dizia. O bom é que o bonito queria comprar cerveja e pagar só depois do show!! Ficou xaropando uns 10 minutos do nosso lado e empatando as vendas, aí teve que rolar uma tirada e ele foi pedir bebida fiada em outra freguesia.
Não satisfeito com o primeiro louco, Luiz oferece cerveja para mais dois caras que, na verdade, estavam perdidos. Alguém tinha deixado eles no Parque Leão e eles tinham que se virar pra ir pra algum lugar que eles não sabiam. Depois de muito custo, eles "descobriram" que queriam ir pra Ceilândia. Aí ele perguntou se dava pra ir à pé, e o Paulin respondeu "Rapaz dá pra ir, se você tiver disposição e quiser chegar lá 3:00 da manhã!" Rimos. Daí ensinamos o caminho da parada mais próxima e ele, enfim, comprou uma cerveja. Nossa primeira venda!!

No intervalo de vendas um carinha chamou a atenção do evento todo: ele estava rolando na grama, loko do extase, e gritando pra todo mundo que uma embalage de plástico de cerveja era dele e ninguém podia pegar. Mais uma figura memorável! Sem contar as 28754228736987 pessoas que chegavam na gente perguntando se tínhamos rupinol pra vender.
Nós mudamos de ponto umas 3 vezes pra conseguir vender mais, andamos gritando "Olha a cerveja!", começou a chover, tinha vendedor de cerveja de 2 em 2 metros e parecia que desde que nós chegamos estava tocando a mesma música, todos os raps eram iguais, e TODO mundo dançando o passinho de abanar as mãos e cantando TODAS as músicas.E ainda tinha uma menina(mulher) meio anã,pulando. Tinhamos certeza que ela tava perdida porque enquanto as outras minas tavam lá,tudo no passinho, ela tava pulando.
Enfim deu 1 hora da manha e quase todos já tinham entrado pra ver o show. Depois de 5 horas em pé, no frio e com medo de sermos roubados fomos embora exaustos e com prejuízo, mas belê, bora recuperar amanhã no Jamil. Galera do rap gosta mais de maconha e pó do que de beber e os axezeiros são playboys pra comprar cerva toda hora. No Jamil a gente tira o preju, otimismo ainda!
Só que não. Chegamos no Jamil às 15:00, o show começava as 17:00, mas pelo menos levamos uns banquinhos, pra não cansar tanto. Arrumamos nossa caixa de isopor com cervejas, água e catuaba e tamo esperando o povo chegar, só que o povo que foi chegando sempre trazia bebida quente e faziam seu esquenta no estacionamento mesmo, do lado do carro. Nisso deu 19:00 e não vendemos nenhuma água pra nenhum playboy e nenhuma patricinha. Ou seja, passamos a tarde toda na companhia de um monte de mosquitos nos picando, não vendemos nada ficamos vendo os pleiba desfilar com seus carros e as minas curtindo show de axé com bolsas enormes - CHATO.
Agora o lance é correr atrás do prejuízo que tivemos, porque se já estávamos quebrados antes imagina agora, e não inventar de vender mais nada, nem Demillus nem Avon, vamos trabalhar em nossos empregos de carteira assinada que é mais seguro!

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