segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Crime Compensa

Esse texto não é uma reclamação e nem uma crítica. É somente uma forma de expor uma situação. Não to querendo dar uma de revoltado com o governo e com o sistema, até por que não ia adiantar. Estamos cansados de ver barbaridades na televisão e às vezes esquecemos de ver como está a nossa vida. Sim, vocês já compararam a suas vidas com a de um preso? Provavelmente não, até agora.
Nossa vida ultimamente ta assim: a gente vive com medo. Não podemos chegar em casa antes das 9 da noite e nem podemos sair antes da 5 da manhã. Não podemos abastecer o carro, ir ao mercado, pagar uma conta, andar de ônibus, estacionar o carro, andar a pé ou levar o filho na escola. Ta tudo uma zona. Não temos segurança nenhuma. Tá, mas o quê que isso tem a ver com os presos? Eles não estão presos? Resposta: tão sim. E é aí que ta o problema.
Beleza, o cara cometeu um crime e pá, foi preso. Palmas pra polícia. O cara trabalhava numa pastelaria e ganhava um salário mínimo. Vai pra prisão. Chegando lá, a única parte ruim é que uma cela que cabe 2 pessoas guardam 12 presos. E o que ele ganha? Um auxílio-reclusão, que pode chegar a R$ 971,78. Refeições, banho de sol e saidão. Ônibus até a rodoviária, no horário certinho. Um Fim de semana fora, pra bater perna e encontrar a rapaziada. E depois volta. Fora outras regalias que a gente não tem acesso e/ou a gente não sabe. E a gente? Trabalha de segunda à sexta, com 99,9% de ser assaltado e/ou seqüestrado, se não mortos. Final de semana? Vai pra baladinha com os amigos e na volta cadê o carro? Chegou o dia cinco? Tá lá na conta R$700,00 reais, sendo que você trabalha 9 horas por dia 5 dias por semana.
O convívio com os outros presos é conseqüência do que ele fez. Sou desses que tem o senso de justiça muito aguçado. O cara tem que pagar mesmo. Que ele coma o pão que o diabo amassou lá dentro e não a gente.Engraçado,né? E, temos que rir quando devemos chorar.


POR LUIZ HERCULANO

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